quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Buddy Holly - biografia

Foi uma mera coincidência, mas quatro das bandas que passei esta semana referenciavam Buddy Holly como uma das suas influências.
Isso levou-me a uma pesquisa sobre o músico, que acho que vale a pena partilhar com todos os que se interessam por música e suas origens.

Charles Hardin Holley nasceu em Lubbock, cidade do estado do Texas, a 7 de Setembro de 1936.
Em rapaz aprendeu a tocar piano, violino e guitarra e iniciou-se na música counrty.
Na adolescência juntou-se a um amigo de escola e começou a tocar em bailes e clubes locais, música de inspiração bluegrass.
A vinda de Elvis Presley a Lubbock, em 1955, marcou o jovem que passou a tocar Rock 'n Roll.
O seu primeiro "concerto rock" foi a abertura para Bill Haley & His Comets, que lhe valeu um contrato na Decca Records (editora de Pavaroti, Louis Armstrong, The Who e muitos mais). Nessa altura, em 1956, Holley mudou o seu nome artístico para Holly.


Depois do contrato Buddy Holly formou os Crickets, sua banda de apoio, e começou a gravar nos estúdios de Norman Petty, no Novo México.
Outra editora, Coral Records (subsidiária da Decca), assinou com a banda.
Taht Will Be The Day foi o seu primeiro single.
Em digressão o músico conseguiu conquistar o Apollo Theater (muito ligado ao público afro-americano). Em 1958 a tournée levou-o à Austrália e ao Reino Unido.



Nesse mesmo ano conheceu Maria Elena Santiago, com quem se casou na sua terra natal, Lubbock.
Em 1959 os Crickets separaram-se e Buddy Holly começou uma digrssão a solo com vários artistas como Richie Valens (autor de La Bamba cuja carreira durou apenas oito meses) e JP Richardson (conhecido como Big Bopper, autor de Chantilly Lace). A digrssão era conhecida como Winter Dance Party tour.

No dia três de Fevereiro de 1959, Buddy Holly, na altura com 22 anos, fretou um avião para levar os músicos a Fargo, no Dakota do Norte, depois destes terem actuado em Clear Lake, no Iowa.
O avião caiu pouco depois de levantar voo. Os destroços foram descobertos umas horas depois, a cerca de 13 quilómetros do aeroporto.
O acidente matou Valens, Richardson, Holly e o piloto Roger Peterson.
A morte dos cantores foi inspiração, em 1971 para American Pie de Don McLean, que chamou ao incidente o dia em que a música morreu (The day that music died).


Mas mesmo após a sua morte continuaram a sair discos de Buddy Holly (até 1969). Isto porque o cantor gravou tantos temas que os produtores pegaram nos demos e contrataram músicos de estúdio para tocar por cima da voz e guitarra de Holly. Este processo de overdubbing era actualizado conforme a época.
O primeiro single póstumo foi Peggy Sue Got Married e Crying, Waiting Hoping, produzido por Jack Hansen.
A procura de discos de Holly não cessou e Norman Petty pegou em versões alternativas, músicas rejeitadas ou até demos de amador nas quais fez overdubbing (muitas vezes a orquestra mascarava o som lo-fi).

No programa passei Everyday, lançada ainda quando o músico era vivo, em 1958. Agora deixo aqui Crying, Waiting, Hoping, não na versão original nem na de 1959, mas a de 1964.

Gravada em 1958 no apartamento de Manhatan de Buddy Holly, foi misturada em 1959 por Jack Hansen com o estilo dos Crickets, em que o coro repetia a frase do vocalista. Em 1964, Norman Petty fez outro arranjo da canção, sem coro e com guitarras estilo surf.
Tem uma versão feita pelos Beatles.

Eu sei que o post é enorme. Mas serve para que todos os que conhecem de nome Buddy Holly, como eu anteriormente, passem a saber mais algo sobre este músico tão importante na cultura pop e musical.

1 comentário:

O Puto disse...

A primeira vez que ouvi falar do Buddy Holly foi através do tema dos Weezer com o mesmo nome. Possuo uma colectânea dele, e, quando a ouvi, apercebi-me da influência dele sobre tanta gente.